Meu filho ainda não fala: quando é hora de se preocupar?
- Colégio Rumo Inicial
- 16 de jun.
- 3 min de leitura
Entenda o que é considerado atraso na fala infantil, o que pode causar esse atraso e quando procurar um especialista

O desenvolvimento da linguagem é uma das etapas mais esperadas na primeira infância. Muitos pais se perguntam, com certa ansiedade: “Meu filho ainda não fala, devo me preocupar?” Embora cada criança tenha seu próprio ritmo, há marcos do desenvolvimento que ajudam a entender o que está dentro da normalidade e o que pode indicar um atraso na fala infantil.
Esse atraso não significa, necessariamente, um diagnóstico grave, mas pode ser um sinal de que algo merece mais atenção, seja por questões auditivas, ambientais ou neurológicas. Saber identificar esses sinais precocemente é essencial para buscar o suporte certo.
O que é considerado atraso na fala infantil
O termo “atraso na fala infantil” se refere à situação em que a criança não desenvolve as habilidades de linguagem oral dentro dos prazos esperados para sua idade. Isso envolve tanto a fala (expressão) quanto a compreensão da linguagem.
Por exemplo, aos 2 anos, espera-se que a criança fale cerca de 50 palavras e já combine duas delas para formar pequenas frases. Quando esse tipo de progresso não acontece, é importante observar o contexto, o ambiente familiar e, se necessário, iniciar uma investigação clínica.
Possíveis causas do atraso
Nem sempre há uma única causa para o atraso na fala infantil. Em muitos casos, o fator é multifatorial. Questões auditivas, como otites de repetição ou perdas auditivas leves, são causas frequentes e podem passar despercebidas por algum tempo.
Além disso, o ambiente familiar tem grande impacto. Crianças que convivem em ambientes com pouco estímulo verbal ou com excesso de telas tendem a demorar mais para se expressar verbalmente. Outros fatores incluem dificuldades cognitivas, distúrbios motores da fala (como apraxia) e condições como o transtorno do espectro autista.
Quando o atraso merece investigação profissional
Atenção redobrada é necessária quando a criança:
Não responde ao nome;
Não compreende comandos simples;
Usa poucos gestos ou formas alternativas de comunicação;
Não evolui no uso de palavras ou frases com o tempo.
Esses sinais, isoladamente, não significam que há um problema maior. Mas, juntos, podem indicar que é o momento de procurar um pediatra, que avaliará a necessidade de encaminhamento para um fonoaudiólogo, otorrinolaringologista ou neuropediatra.
A detecção precoce de um atraso na fala infantil faz toda a diferença no prognóstico e no desenvolvimento geral da criança.
Como os pais podem ajudar no dia a dia
Mesmo enquanto aguardam uma avaliação, pais e cuidadores podem (e devem) criar um ambiente favorável à linguagem. Isso não exige nada complexo: conversar com a criança de forma direta, dar tempo para ela responder, cantar, contar histórias, evitar o uso excessivo de telas e promover o contato com outras crianças são atitudes simples, mas poderosas.
O que a criança mais precisa é de interação real. O vínculo, o olhar, o tom de voz e o espaço para errar e tentar de novo são estímulos fundamentais para o desenvolvimento da linguagem oral.
A importância de agir sem pânico, mas com responsabilidade
Nem todo atraso na fala infantil é sinal de algo grave, mas também não deve ser ignorado. A intervenção precoce é uma das maiores aliadas do desenvolvimento saudável. Muitas crianças que recebem apoio na hora certa se desenvolvem plenamente, sem impactos futuros.
Se seu filho ainda não fala ou demonstra sinais de atraso, procure ajuda profissional. Mais do que respostas prontas, o que você precisa é de um olhar atento, especializado e afetuoso.








Comentários